quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Amor

O amor
Quem o inventou?
Será que foi um sofredor?
Um sonhador?
Quanta desilusão
Quanto sofrimento
Tantos lamentos
Tanto choro
Valerá a pena
Chorar e lamentar?
Ou viver cada momento
Tratar o amor por tu
Para não sofrer
Po-lo de parte
Quando é preciso
Não lhe passar confiança
Para não brincar
Com a nossa esperança
Não o deixar cavalgar
No coração
Para não trazer
Tanto sofrimento
E ilusão

Alcance

Hoje corri fugi
Fugi de mim mesmo
Tentando alcansar
O infinito
Corri fugi
Mas não consegui
Que fazer?
Como alcançar
Alcançar o infinito
Do meu ser
Vou parar
Vou pensar
Olhar o horizonte
Sentado à beira mar
Com lagrimas
A rolar pelo rosto
Sentindo um vazio
Tentando me encontrar
Mas hoje acordei
Dando comigo a pensar
Afinal o meu eu
Encontrei
O infinito não alcancei
Mas a vida continua
E com garra e força
Lutarei

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Teu Olhar

Com esse olhar
Terno e doce
Tiras-me o folgo
Encandeias-me a alma
Acendes-me a paixão
Sinto formigueiro
Percorrer-me o corpo
Com esse olhar
Terno e doce
Sinto em mim
Crescer o fogo
Da paixão
Que um dia
Tenhas a mesma
 sensação
Que alguém
Te toque ao
Sentimento
Que te fale
Ao coração

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Memórias

Sem memória
Do nada
Onde só existe um vazio
Um vazio
Que se esconde
Atrás de um sorriso
Memórias
Onde as escondes?
Porque te refugias?
Sai para a rua
Vem a apreciar 
O sol o mar e o vento
Não penses no passado
Vem viver o presente
Memórias
Memórias são elas
Que te mantêm
Embora escondidas
Refugias te no teu
Mais infimo ser
Olhas os outros
Com lágrimas nos olhos
Vivendo sozinho
Escondido de ti próprio
Fugindo das memórias
Vives nesse vazio
Onde te escondes
Com um sorriso
Memórias

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A vida

Quem um dia
Soube o que era a vida
Hoje não se sente
Capaz de andar
Para a frente
Incapaz sequer
De acordar
De ver a realidade
De como tudo mudou
Incapaz de sentir
Os outros
Quem um dia
Deu a mão
Hoje não a encontra
Quando mais precisa
Onde estão os amigos
Nestas alturas da vida?
Quem um dia
Soube o que era a vida
Hoje anda a palmilhar
Estes caminhos
De olhos fechados
Para não ver
As decadências
Da vida
Refugiando-se assim
No seu pensamento
Na sua ilha privada
Que é a sua mente
Quem um dia
Soube o que era a vida
E quão belo seria
Se fossemos todos
Humanos
E houvesse equilibrio
Equilibrio da vida
Da natureza
De amor e paixão
E que se vivesse
Muito mais
Com o coração

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Detalhes

Detalhes de uma vida
Que para trás
Ficaram
Hoje ao juntar
As peças
Me dei conta
Conta de que detalhes
Me faltavam
Peças que não encaixavam
Será que não me lembro?
Ou será que não me quero
Lembrar?
Não sei
São meros detalhes
Detalhes tão importantes
Como outros quaisquer
Mas não me quero lembrar
Não quero viver
Viver no passado
Mas detalhes dessa vida
Que para trás ficaram
Fazem de mim o que sou
Hoje brinco com as peças
Dos detalhes que para trás
Ficaram
Sigo em frente
Consciente da força
Força que adquiri
Com os detalhes
Que me esqueci

Margem

Triste e sombria
Gasta e saturada
Desta vida
Que mal me trata
E a alma me gasta
Quem me dera
Desaparecer
Passar para a outra
Margem
Mas não é assim
Tem que se viver
Com o que se tem
Por isso vivo só
E isolada
Vivo á margem
Do mundo
Na sombra caminho
De mãos dadas
Com a tristeza
A desilusão
É prepétua
Neste trilho da
Da vida caminho
Sem nada
De novo encontrar
Triste e sombria
Quem me dera
Para a outra
Margem passar

terça-feira, 12 de junho de 2012

Labirinto

Num dia como outro qualquer
Lá andavas tu
Num labirinto sem fim
Sem saberes para onde ires
Embrolhado numa teia
De enrredos
Com uma vida fria e sombria
Que só te aprás a morte
Que degredo que aflição
Vives só na solidão
E do labirinto
Não te consegues libertar
Embrolhado numa teia
De mentiras
Que vida triste e sombria
Mas o dia chegou
Do labirinto saiste
Da teia de enrredos
Te libertaste
E a morte assim chegou
Num belo dia de sol
E te levou