sexta-feira, 31 de maio de 2013

Quem me dera

Quem me dera
O mar ser
Para nas minhas ondas
Navegares
Quem me dera
O sol ser
Para o mundo iluminar
Quem me dera
O vento ser
Para os meus filhos
Beijar
E neles me envolver
Com ternura e carinho
Como se os estivera
A abraçar
Quem me dera
As nuvens ser
Para chorar
Quando a mágoa
E a saudade
Apertar
Quem me dera
O fogo ser
Para o teu coração
Aquecer
Quem me dera
Quem me dera

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Escuridão

Quanto mais pessoas Conheço
Mais dececionada fico
Pois este mundo
Podia ser mais colorido
Mas não
O ser humano estraga tudo
Usando máscaras
Para destroçarem a realidade
Daquilo que não são
Mas aos poucos
Vão deixando-as cair
Sem dar conta
E aí sim
Dou conta que este nosso mundo
Está cada vez mais negro
Como se pode sobreviver assim?
Andam uns cabisbaixos
Para outros passarem por cima
Como se de tapetes se tratasse
Mas como tudo na vida
Não há bem que perdure
Nem mal que não se acabe
Quem sabe esta escuridão
Um dia não se acabe
Quem sabe se um dia
Eu não verei isto de outro modo?
Pois assim há que fazer a diferença
E dizer basta
Não sou tapete de ninguém
Sou gente sou humana
E a minha vida
Quem sabe
Um dia haverá de ser colorida

Acordar

Acordar é tudo o que tenho que fazer
Mas como ?
Se nem estou a dormir
Sinto-me morta por dentro
O meu eu parece nem existir
Estou presa num nevoeiro
Vasto e espesso nevoeiro
Não sei que direção tomar
Grito grito
Mas parece que ninguém me ouve
Estou perdida
Nem mesmo eu me consigo encontrar
Ando ás voltas
E mais voltas
Que pesadelo
Espero acordar
Acordar muito rapidamente