domingo, 14 de julho de 2013

Mil palavras


Mil ou mais palavras
É o que usamos
Diariamente
Para nos machucar
Mutuamente
Será possível
Que não possa-mos
Permanecer calados?
E usar as palavras necessárias  
Para que não sofra-mos
Desnecessariamente?
Assim sendo
Vou utilizar as palavras correctas
Para que me possas ouvir
Palavras palavras
Para quê?
Mas vou utiliza-las
Para te dizer
Que és um homem 
Com H grande
Porque lutas por tudo
Aquilo em que acreditas
Já que eu perdi essa força
E já deixei de lutar
Por isso espero que não ouças
Mais palavras do que as necessárias
Mas que ouças
As minhas
Nem que sejam sussurradas 
Ao teu ouvido
Aquelas que também eu
Gostaria de ouvir
Mesmo que sussurradas também
Amo-te amo-te
Palavras........... palavras......................

Negra


Negra é esta estrada
Que caminho
Empedernido
Trago o meu coração
Até quando caminharei assim?
Ando de alma vazia
Sem saber de mim
Sem saber se continuo
Nesta caminhada
Sento-me para descansar
Nesta negra estrada
Olhando este vazio
Que existe em mim
Ouvindo o silêncio
Que existe à minha volta
Sentindo a guerra
Que trago em mim
Negra negra
É esta estrada
Que sigo sem fim á vista

Louca

Será que estou louca?
Faço me esta pergunta
Muitas vezes
Não sei o que se passa
Mas sinto me imensamente só
Dou comigo sentada
A olhar o vazio
Que existe à minha volta
Sinto me esgotada
Sem tempo para nada
Já nem sei o que pensar
A não ser esteja realmente
Louca
Nem sei como escrevo
Estas linhas
Se calhar ainda não estarei
Completamente louca
Mas me sinto a vaguear
Pelo limbo deste mundo
Sinto me só e vazia
Vagueando nesta escuridão
Minha alma grita
Para sair dali
Mas me sinto bloqueada
Sou incapaz de me mover
Já não tenho forças
Para daqui sair
Por isso acredito
Que quanto mais olho
A minha volta
Menos vejo
Pois esta escuridão
Me prossegue
Por isso só posso
Estar louca

sábado, 1 de junho de 2013

Porquê

Porquê?
Porque gosto de ti
Porque és diferente
Tens beleza interior
Sei lá tantas outras coisas
Muitas delas
Ainda ocultas
Não te sentes capaz
De libertar
Já tentei
Mas não consigo
Pois as sombras
Do passado
São ainda muito presentes
Espero quando
Esse embriagado
Passado desaparecer
Consigas renascer
Renascer livre
Mais solto
E mostres o que sentes
Mostres o que te vai na alma
Digas sou livre
Livre como o vento
Já posso respirar
Já posso viver sem receio
Espero que tudo isto te aconteça
E que ames
 E te deixes amar

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Quem me dera

Quem me dera
O mar ser
Para nas minhas ondas
Navegares
Quem me dera
O sol ser
Para o mundo iluminar
Quem me dera
O vento ser
Para os meus filhos
Beijar
E neles me envolver
Com ternura e carinho
Como se os estivera
A abraçar
Quem me dera
As nuvens ser
Para chorar
Quando a mágoa
E a saudade
Apertar
Quem me dera
O fogo ser
Para o teu coração
Aquecer
Quem me dera
Quem me dera

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Escuridão

Quanto mais pessoas Conheço
Mais dececionada fico
Pois este mundo
Podia ser mais colorido
Mas não
O ser humano estraga tudo
Usando máscaras
Para destroçarem a realidade
Daquilo que não são
Mas aos poucos
Vão deixando-as cair
Sem dar conta
E aí sim
Dou conta que este nosso mundo
Está cada vez mais negro
Como se pode sobreviver assim?
Andam uns cabisbaixos
Para outros passarem por cima
Como se de tapetes se tratasse
Mas como tudo na vida
Não há bem que perdure
Nem mal que não se acabe
Quem sabe esta escuridão
Um dia não se acabe
Quem sabe se um dia
Eu não verei isto de outro modo?
Pois assim há que fazer a diferença
E dizer basta
Não sou tapete de ninguém
Sou gente sou humana
E a minha vida
Quem sabe
Um dia haverá de ser colorida

Acordar

Acordar é tudo o que tenho que fazer
Mas como ?
Se nem estou a dormir
Sinto-me morta por dentro
O meu eu parece nem existir
Estou presa num nevoeiro
Vasto e espesso nevoeiro
Não sei que direção tomar
Grito grito
Mas parece que ninguém me ouve
Estou perdida
Nem mesmo eu me consigo encontrar
Ando ás voltas
E mais voltas
Que pesadelo
Espero acordar
Acordar muito rapidamente

domingo, 3 de março de 2013

Tão perto / Tão longe

Tão perto
E ao mesmo tempo tão longe
Tão longe de mim
Como se no infinito
Estivesse
Refugio-me em mim
Em mim própria
Sentada à beira
Do precepicío
Olhando este mar
Infinito de terra
Esperando que não tardes
Em chegar
Esperando aqui vou ficar
E continuando a esperar
A noite não tarda a cair
E assim refugiada em mim
Nesta ilha que sou
Debaixo do brilho das estrelas
E do luar desta lua prateada
Esperando que ao amanhecer
O sol me acorde
E tenha o prazer
Dos teus olhos ver
Tão perto tão perto
Mas ao mesmo tempo tão longe

Fria

Sinto-me só e fria
Fria com tudo
Só penso se existo realmente
Ou serei eu fruto da imaginação
De alguém
Sinto que entrei
Dentro de um túnel
Sem fim à vista
Vou-me embrenhando
Cada vez mais
Pelo túnel a fora
De mãos dadas
Com a solidão
Esperando ver essa ténue
Luz ao fundo
Mas sem fim à vista
Vou andando e definhando
Cada vez mais
Esperando que esta
Minha triste vida
Acabe
Nem que seja no términos
Do túnel
Mas espero que acabe
Esta triste vida
Esta solidão
Que anda de mãos dadas
Com a escuridão
Sinto-me fria e só

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ser pai

Ser pai
Ser pai não é só dar o nome
Não é por o comer em cima da mesa
Ser pai
É saber dizer não na hora certa
É dar aquela palmada
Mesmo que nos doa
Ser pai é levantar
O nosso filho quando cai
É saber dar aquele abraço
Quando é preciso
Ser pai
É quando os nossos filhos
Estão prontos para voar
Do ninho e nos dizem
Obrigado pai
Por quereres ser o meu pai
Obrigado por me teres me dado
A mão quando cai
Obrigado por me teres dito que não
Quando mais queria
Que me tivesses dito sim
Até aquela palmada na hora certa
Obrigado
Assim me ensinaste
A  destinguir o bem e o mal
E acima de tudo pai
Obrigado por seres
O homem que és
E me teres tornado no homem
Que hoje sou
Obrigado meu pai

Ser pai

Bem houve alguém que um dia disse:
Já consegui atingir o meu objectivo, como homem,sou pai.
Mas é claro eu discordei totalmente, pois ser pai é muito mais.
Por isso vou deixar aqui um poema dedicado aos pais e filhos.
Bem hajam.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sem medo

Amar e ser amado
Não é para todos
Amar e ser amado
É partir numa aventura
Uma aventura sem medos
Sem medo
De descobrir coisas novas
Amar sem restrições
Conhecer o desconhecido
Pois se assim não for
Ficamos para trás
Para trás no tempo
E no espaço
Acabando por definhar
Ao longo dos anos
Sem amor
Sem medo
Sem medo de amar
Em qualquer lugar
Sem medo de explorar
Todos os prazeres
Todos os sentidos da vida
Amar e ser amado
Numa entrega total
Ama e sê amado
Sem medo
Sem medo



Não sei

Não sei
Não sei viver
Viver assim
Neste mundo
Com tantas restrições
Restrições do teu amor
Não sei
Não sei viver assim
Percinto que não pertenço
Não pertenço aqui
Talvez ainda não compreenda
Não compreenda este mundo
Esta maneira de viver
Por isso não sei
Não sei viver assim
Serei eu que não saiba amar?
Ou serei difícil de amar?
Questões
As quais não sei responder
Quem sabe se não é por isso
Que não sei
Não sei viver
Viver assim
Sem ti

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Mais um ano

Pois bem, começamos mais um ano, espero que este nos traga mais trabalho e muita saúde.
Teremos que ter mais confiança em nós próprios, dar mais luta a esta vida, que por vezes nos é tão madrasta e dá connosco em malucos sem saber muitas das vezes o que fazer.
Por isso vamos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá, aceitar o que a mãe natureza nos oferece, erguer os braços sem nunca os abaixar lutando sempre com esperança, e deste modo ultrapassar as barreiras que nos são impostas no decorrer dos nossos dias.
Ter sempre pensamento positivo e pensar que o dia de amanhã, será sempre melhor que o de hoje.
Chegar ao fim do dia e olhar-mos para dentro de nós próprios e vermos o que erramos hoje, para que amanhã o erro não se repita, parar um pouco junto ao mar,  a olhar o luar ou simplesmente apreciar as coisas mais simples da vida e reflectir sobre a nossa própria vida.
De certo que a enfrentaremos muito melhor e sempre com um sorriso nos lábios.
E como sempre digo, hoje chove mas amanhã estará um lindo dia de sol.
Bem haja a todos