domingo, 3 de março de 2013

Tão perto / Tão longe

Tão perto
E ao mesmo tempo tão longe
Tão longe de mim
Como se no infinito
Estivesse
Refugio-me em mim
Em mim própria
Sentada à beira
Do precepicío
Olhando este mar
Infinito de terra
Esperando que não tardes
Em chegar
Esperando aqui vou ficar
E continuando a esperar
A noite não tarda a cair
E assim refugiada em mim
Nesta ilha que sou
Debaixo do brilho das estrelas
E do luar desta lua prateada
Esperando que ao amanhecer
O sol me acorde
E tenha o prazer
Dos teus olhos ver
Tão perto tão perto
Mas ao mesmo tempo tão longe

Fria

Sinto-me só e fria
Fria com tudo
Só penso se existo realmente
Ou serei eu fruto da imaginação
De alguém
Sinto que entrei
Dentro de um túnel
Sem fim à vista
Vou-me embrenhando
Cada vez mais
Pelo túnel a fora
De mãos dadas
Com a solidão
Esperando ver essa ténue
Luz ao fundo
Mas sem fim à vista
Vou andando e definhando
Cada vez mais
Esperando que esta
Minha triste vida
Acabe
Nem que seja no términos
Do túnel
Mas espero que acabe
Esta triste vida
Esta solidão
Que anda de mãos dadas
Com a escuridão
Sinto-me fria e só